Rivais de Ixalan e as Cartas Comuns


Olá pessoal, blz?

No último sábado, dia 13, não tivemos o champ Pauper devido ao prerelease mundial de Rivais de Ixalan.

Durante a divulgação dos spoliers da nova coleção, muitos debates e especulações surgiram a respeito de algumas cartas comuns, que agora passam a ser válidas no Pauper. 

Muitos vídeos e artigos foram escritos sobre o assunto e o objetivo desse post não é dizer novamente todo o que já foi dito, mas dar uma visão geral de algumas cartas que também não ficaram no radar dessas discussões, bem como indicar fontes de pesquisa sobre as análise das cartas comuns para quem se interessar em obter maiores informações. 

Antes de começar as análises, importante uma ressalva; esse post foi elaborado com a ajuda do mago Amilcar e do elfo assassino Punisher. Obrigado!

Voltando a falar sobre a época dos spoilers, eu, particularmente, devido a temática da coleção, por abordar tritões, imaginei que a Wizard fosse presentear os pauperianos com a adição de alguma carta comum e relevante para essa tribo, mas isso não aconteceu. Assim sendo, acredito que um deck de tritões competitivo ainda está longe de ser possível no metagame do Pauper.

Em todo o caso, algumas cartas de tritões foram lançadas nessa coleção e merecem algum destaque: 

Jungleborn Pioneer: Essa é uma carta 2 para 1, pois, ao entrar em campo, ela gera uma fica de tritão azul 1/1 com Hexproof. Se fosse apenas gerar uma ficha de criatura, ainda que 1/1, essa carta já seria boa, agora, gerar uma ficha com Hexproof... isso é no mínimo interessante e instigante, pois, com alguns encantamentos, você pode ter um tritão com Hexproof, que pode se beneficiar das habilidades de outros tritões que você possui. Assim, em um deck onde você pode utilizar a mecânica de Bounce ou Blink sobre o Jungleborn Pionneer, isso fará com que você gere várias fichas de tritão 1/1 com Hexproof.

Na opinião do Punhisher, não levando em consideração o uso dessa criatura no deck de tritão, ele entende que essa carta tem potencial, por justamente colocar 2 bichos na mesa, sendo 1 de cada cor, e um deles com Hexproof (token azul). Apesar de parecer um pouco lento para ser usado no Auras (3 manas), talvez seja uma opção legal no side board, porque, você pode entrar com essa criatura te dando um “Slippery Bogles” (no caso o token), e ainda protege ele dos sacrifícios, sacrificando o próprio Jungleborn Pioneer. 

Guma Noob menciona em seu vídeo que esse tritão também poderia ser utilizado no side board do Stompy para fugir dos Círculos de Proteção: Verde, pelo fato de o tokem ser um tritão azul. Essa é uma visão interessante, até mesmo porque, o Stompy tem vários pumps no deck.


Arauto do Manto de Bruma: Uma criatura com a habilidade de não poder ser bloqueada, por si só já é bem interessante, apesar de seu corpo frágil 1/1. No entanto, um deck de tritão que rode verde e azul pode proporcionar cartas que pumpem as suas criaturas, tais como Rancor, Mutagenic Growth etc. Esse não é o primeiro tritão com essa habilidade. Já temos no Pauper o Triton Shorestalker.   

Jade Bearer: Essa criatura não chega a ser um dos Lords tritões que podemos encontrar no deck Modern de tritão bem conhecido, porém, já é uma carta interessante que possui uma boa interação com os demais tritões que você possui no campo de batalha. 

A mesma ideia mencionada acima para o Jungleborn Pioneer é válida para essa criatura, ou seja, em um deck que se vale das mecânicas de Bounce ou Blink, é possível distribuir vários marcadores entre seus tritões.

Glitgrove Stalker: Você verá mais adiante que essa criatura não chama atenção somente pelo fato de ser um tritão, mas também por sua habilidade de não poder ser bloqueada por criaturas com poder igual ou menor que 2. A primeira comparação que fizeram na fase dos spoilers foi entre essa criatura e o Skarrgan Pit-Skulk, pelo fato de ambas terem suas habilidades parecidas. A questão maior entre ambas é que o Skarrgan Pit-Skulk para entrar com um marcador +1/+1 e tornar-se uma criatura 2/2, o oponente precisa ter sofrido dano naquele turno (habilidade de Bloodthirst 1), enquanto que o Glitgrove Stalker já entra como uma criatura de poder 2, porém, seu custo é maior.

Na opinião do Punisher esse tritão amarelo (!) que é o que mais deixa ele com esperança que veja jogo, talvez no já conhecido Stompy. No entanto, para ele (Punisher) esse tritão é um Skarrgan Pit-Skulk piorado, mas ainda assim útil! Portanto, o seu voto é que, se alguma criatura verá jogo no metagame atual, é esse Giltgrove Stalker.

Falado sobre os tritões dessa edição de Rivais de Ixalan, passemos agora a comentar algumas cartas comuns que chamaram bastante a atenção dos jogadores e que já foram objetos de discussões e vídeos.

Fanatical Firebrand: Essa carta divide opiniões e o motivo é a sua comparação com o Mogg Fanatical. O Amilcar bem analisa na sequência as semelhanças e diferença entre elas. 

Se analisada rapidamente, pode parecer uma versão piorada de Mogg Fanatical, pois o Fanatical Firebrand exige que a criatura seja virada para o sacrifício antes de causar um ponto de dano, ao contrário de seu primo distante, que permite o sacrifício a qualquer momento. Todavia, a habilidade de ímpeto presente em Fanatical Firebrand pode ser um diferencial. Tais características determinam a forma como essas cartas podem ser usadas em diferentes fases do turno. Se analisadas apenas pela habilidade de dar um ponto de dano no jogador ou criatura alvo, ambas fazem o mesmo papel ao entrar em jogo, isto é, na fase principal. O que as tornam diferentes é o papel que desempenham na etapa de combate e nas etapas seguintes ao serem conjuradas. Enquanto Mogg Fanatical, se bloqueado, pode ser sacrificado para dar um ponto de dano em outra criatura ou jogador, o mesmo não é possível com Fanatical Firebrand, uma vez que ele estará virado para o ataque. Ainda, após a fase de ataque, é possível sacrificar Mogg Fanatical em resposta a uma remoção ou no passe, mesmo estando virado. Nesse ponto, o Fanatical Firebrand é mais vulnerável. Por outro lado, devido a habilidade de ímpeto, Fanatical Firebrand pode ser mais versátil em estratégias de tempo. Visto que pode atacar no turno em que entra em jogo, o que não é possível com Mogg Fanatical. Dessa forma, se o Fanatical Firebrand for combinado com Ninja of the Deep Hours, tal combinação pode render, mais cedo, três pontos de dano. Ao atacar com Fanatical Firebrand, a habilidade do Ninja of the Deep Hour pode ser utilizada, voltando o goblin para a sua mão. Se conjurado novamente no mesmo turno, o Fanatical Firebrand pode ser sacrificado para dar um ponto de dano (vide a análise do Guma Noob). Dada a existência da habilidade de Ninjutsu em criaturas de outras cores, tal estratégia não se limitaria à combinação UR, sendo viável, por exemplo, em decks BR, com Okiba-Gang Shinobi, mas, para realizar a mesma jogada com Mogg Fanatical, um turno adicional seria necessário. Em suma, tanto Fanatical Firebrand quanto Mogg Fanatical podem ver jogo, pois são mais ou menos eficientes a depender da estratégia de jogo adotada. Aparentemente, Mogg Fanatical é mais versátil, por poder ser sacrificado mesmo após um ataque. O que deve determinar se Fanatical Firebrand será uma carta utilizada deve ser a sua utilidade em estratégias de tempo. 

Já o Punisher não tem certeza se esse primata goblin irá pegar a cadeira de alguma criatura de custo 1 em decks baseados em vermelho. Só o tempo dirá. A única certeza que o Punisher tem é que ele vai fechar o set desse "macaco maluco".

Martyr of Dusk: Essa é outra criatura que me chamou a atenção logo que a vi nos spoilers. Trata-se de mais uma criatura que faz 2 para 1, por gerar uma fica de branca de vampiro com Lifelink ao entrar em jogo. Apesar de possuir uma defesa frágil, é uma criatura de poder 2 que pode fazer uma troca justa no combate contra várias outras criaturas relevantes de decks oponentes.

Conforme ressalva o Punisher, qualquer deck que não tenha uma base em criaturas, normalmente, vai tentar destruir as suas, e nada melhor do que um bicho que, quando morre, faz outro bicho (e com Lifelink). E um dos fatores muito interessantes, no early game, essa criatura te oferece 2 blocks contra baralhos rápidos. 

Para o Punisher, esse vampiro soldado já tem espaço no coração dele (rs). 

Sobre seu uso em algum deck específico, a princípio, os decks que me veem à cabeça onde o Martyr of Dusk pode se encaixar são aqueles baseados na estratégia de tokens, como o RW Rally e o Soul Sisters. Talvez até possa ver jogo no Mono White Guardians, pois, além de colocar mais presença no board, pode-se aproveitar dos Bonesplitter e equipar o tokem vampiro Lifelink, tanto para ganhar vida no ataque ou para trocar com uma criatura do oponente (e ainda ganhar vida). Já para o Professor, do canal do Tollarian Community College no YouTube, acredita que decks de aristocratas, baseado no sacrifício de criaturas, podem se utilizar desse vampiro soldado, em combinação com o Doomed Traveler, para tirar o melhor proveito dos sacrifícios.

Grasping Scoundrel: Ok, não é vampiro, nem zumbi, mas é um drop na curva 1 que bate dois, segundo observa o Punihser. Talvez alguns baralhos bem agressivos (como o Mono Black Suicide, por exemplo) gostem desse pirata. Por que não ainda, jogar na mesma lista que o Rakdos Shred-Freak? Quase um “Black” Deck Wins!

A princípio, quando da época dos spoilers, eu não me interessei por essa criatura preta, porque criaturas pretas tem funções muito específicas e não são em todos os lugares que elas se encaixam. Porém, ao ver a menção do Punhisher sobre o Mono Black Suicide, acredito que esse humano pirata, que não é nem vampiro, nem zumbi, pode mesmo se encaixar nesse deck.



Dusk Legion Zealot: Outra criatura preta que chamou a atenção de muita gente na época dos spoilers. Nas palavras do Punisher: "Que cara fantástico! Sou fã de qualquer carta que de um draw, mas isso em um bicho que pode dar um block (ainda mais na curva 2) é sensacional, e o custo de mana dele, permite entrar em qualquer deck baseado em preto." No entanto, mesmo com tanta empolgação, o Punisher reconhece que é difícil esse vampiro soldado tomar o lugar do Phyrexian Rager no MBC, pois, afinal de tudo, o Rager por ser uma criatura com corpo 2/2 pode trocar com várias outras criaturas, sendo mais robusto que o Dusk Legion Zealot na troca.

No entanto, muitos decks podem abusar desse vampiro aqui, uma vez que repor a carta, fazer 1 criatura e perder 1 de vida no processo, é uma barganha muito boa. Essa carta é a outra aposta do Punisher para ver a luz do sol no metagame.

Recomendamos para essa criatura a análise feita pelo Alex Ullman para o blog Gathering Magic.


Soul of the Rapids: Eu não me atentei a essa criatura na época dos spoilers pelo fato de ter um custo muito elevado (5 manas) e ter um custo duplo de UU. Mas, tendo por base a análise do Punisher, tendo a concordar com ele.

Segundo o Punisher, essa é uma criatura interessante, passível de ver (poucas copias) em listas control, aonde, se não tomar aquele conhecido Pyroblast pode tentar finalizar o jogo pelos ares. É uma opção muito boa contra qualquer decks não baseados em preto (por causa dos sacrifícios) mas de longe, um elemental interessante.



Frilled Deathspitter: Que ficar contente com uma boa criatura? Eis aqui uma! Na minha opinião a melhor dessa edição.

O Punisher também concorda que o Frilled Deathspitter é um excelente criatura em decks baseados no vermelho (que irão sorrir para esse dinossauro, se é que da para sorrir para um bicho desse). Possuir um corpo 3/2 é OK, mas a habilidade de “cuspir” 2 de dano no oponente, sempre que ele receber dano, torna ele em uma incrível ameaça (dependendo da velocidade da sua lista). Vale a pena pegar o set também! 

Segundo o Professor (Tollarian Community College) essa criatura pode ser uma tremenda aliada com decks que usam a Pestilence. Qualquer 1 ponto de dano causado no Frilled Deathspitter com a Pestilence, provoca mais 2 de dano no oponente, totalizando uma tremenda avalanche de danos.

Moment of Craving: Essa foi mais uma carta que gerou uma baita discussão na época dos spoilers, pois muita gente dizia ser um "substituto" do Disfigure. Meio exagerado, não é isso produção?!

O Punisher concorda comigo nessa: "Disfigure 2.0? Não é para tanto, mas é útil, com certeza!". 

A velocidade do Disfigure e o custo facilmente jogado com outra mágica no mesmo turno, ainda deixa o Disfigure a frente dessa nova carta, porém, se você procura alguma carta para ganhar mais “tempo” contra baralhos agressivos – “seus problemas acabaram...” (rs). E, pelo custo, ela ajuda um bocado os decks que não conseguem fazer 2 manas pretas no inicio do jogo para poder conjurar um Pharika's Cure, por exemplo.

Sea Legs: Por último, na visão do Punisher, uma carta interessante por vários motivos. Custo baixo, habilidade de Flash, oportunidade de salvar algum pirata seu de um destino terrível (se criaturas do tipo piratas começarem a ver jogo metagame do Pauper) ou, instantaneamente, não levar aqueles 2 de dano do ninja que usou o conhecido Ninjitsu para te pegar de calças curtas. 

Além de tirar o poder de um atacante/bloqueador e salvar sua criatura (mesmo sem ser pirata) da morte certa, podendo se tornar um um dos poucos "removals" instant que o azul pode oferecer (no combat trick), por isso a menção aqui nesse post de análise.

Por fim, temos que destacar que essa edição de Rivals of Ixalan trouxe uma nova dinâmica que é a City's Blessing. Segundo essa habilidade, toda vez que você tiver 10 ou mais permanentes em jogo, você ativa o City's Blessing e as cartas que interagirem com essa habilidade também desencadearam suas próprias habilidades que estavam inertes.

Não sei se no Pauper essa habilidade verá jogo igual está acontecendo atualmente com o Monarca. Talvez as próximas edições farão melhor uso do City's Blessing.


Bom pessoal, espero que tenham gostado e, se quiserem acrescentar alguma opinião ou informação, fiquem à vontade para opinarem,

Até a próxima!

Comentários

  1. Ótimo artigo, por conta dele vou testar o Soul of the Rapids no meu UW Artefatos, eu cheguei a testar o Bastião, mas senti falta da evasão. Abç. Ari

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    1. Valeu Ari! Testa lá o Rapid e depois nos conta como ele se saiu! Abs

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